A história do império e mais particularmente da república presidencialista brasileira é uma sucessão de golpes e do desenvolvimento de uma tradição política totalitária.
A exatos 133 anos atrás, caía o sistema monárquico brasileiro. Mas quais foram as causas?
Porque o Brasil se tornou república?
No séc. XIX houveram alguns acontecimentos e guerras que contribuíram para a dissolução do império, entre elas: a Cabanada, Cabanagem, Guerra dos Farrapos, Sabinada, Balaiada, Guerra do Prata, Guerra de Canudos e a Guerra do Paraguai.
O crescimento do movimento republicano e revolucionário dentro da maçonaria e os conflitos constantes entre monarquistas católicos e maçons republicanos, engrossou a gama de problemas militares a serem enfrentados pelo imperador Dom Pedro II, portanto a queda da monarquia brasileira já era esperada por muitos políticos e revolucionários que viam que os ideais republicanos estavam se espalhando de forma radical como um vírus.
A facilidade de aplicação do golpe
O que não se esperava, era a rápida dissolução do sistema monárquico. Na noite de 15 de novembro de 1889, oficiais militares sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca aplicaram o golpe militar obrigando a renuncia do ministério imperial e a proclamação do regime republicano no país.
Arquitetado e executado por militares, políticos e maçons positivistas, foi um “copia e cola” do modelo republicano dos Estados Unidos. Assim que é dado o golpe, o país passa a se chamar Estados Unidos do Brasil, e os deputados começam a ser eleitos pelo voto distrital.
Militares e maçons fizeram o trabalho em poucas horas, sem a participação popular, sem a menor resistência por parte do então governo monárquico. Dessa forma, coube às camadas populares, o conformismo que se fez presente na seguinte expressão: “Fomos dormir Monarquia e acordamos República”.
A cópia da bandeira dos EUA
Nos primeiros dias após a dita proclamação da República, não havia consenso sobre o desenho da bandeira nacional. Oficialmente, a bandeira republicana teve apenas dois desenhos.
Muitos acreditam que a facilidade encontrada no processo de transição do sistema político brasileiro em 1889 pegou de surpresa até mesmo os próprios maçons.
Uma prova disso, é que não se tinha até aquele momento, sequer um rabisco de uma nova bandeira para o Brasil. Existiram diversos desenhos rejeitados em tentativas de criar uma bandeira “original”, já que a bandeira republicana brasileira era (ou ainda é) criticada por ser mera repaginação da bandeira imperial.
Num período aproximado de dez dias, entre 15 e 25 de Novembro de 1889, a troca dos símbolos pátrios ainda engatinhava, sem uma regulamentação definitiva.
Muitos militares e maçons republicanos continuaram a usar a bandeira imperial, substituindo ou tapando a coroa por símbolos republicanos, como as estrelas de cinco pontas republicanas (também usadas no esoterismo) e o barrete frígio vermelho, símbolo da Revolução Francesa.
No caso de um dos barcos da Marinha do Brasil, o Cruzador Almirante Barroso, foi adotada uma bandeira imperial ostentando uma estrela vermelha, substituindo a coroa imperial.
A escolha se deve ao fato de, à época, a estrela vermelha ser interpretada como um “símbolo da vontade popular”, um símbolo republicano (que vem de res publica, “coisa pública”).
O vermelho ganha esse significado a partir do levante de junho de Paris de 1848 e da Comuna de Paris. A cor vermelha passa a representar o povo francês, fazendo alusão ao sangue derramado durante os conflitos ocorridos no século XVIII.
Posteriormente, por possuir tal significado, será usado pelos revolucionários comunistas russos de 1917 e, consequentemente, associado ao comunismo. Associado tão fortemente que, hoje, muita gente imediatamente liga uma estrela vermelha, ou meramente a cor vermelha, ao comunismo.
Diante de tal situação, a solução encontrada pelos maçons republicanos mais moderados, foi inicialmente adotar uma cópia da bandeira dos Estados Unidos.
Não é difícil de se notar a semelhança com a bandeira azul vermelha e branca dos EUA. E de fato, esse era o propósito, já que na base ideológica do movimento republicano existia o desejo de implantar um sistema republicano no Brasil semelhante ao norte-americano.
É importante dizer que o modelo republicano se organizou inicialmente de uma forma mafiosa que deu poder as oligarquias locais, com o que se convencionou chamar de “política dos estados“. Isso funcionava como um regime de troca onde seus poderes eram mantidos e garantiam base parlamentar para o presidente.
Os currais eleitorais nos estados eram compostos pelas figuras dos coronéis, geralmente líderes das maçonarias locais, o que explica toda a arquitetura do sistema político, pensada por seus criadores republicanos.
A descentralização do poder e a autonomia dos estados é comprometida
Bom, o fato é que o regime republicano solapou com a descentralização e a autonomia dos estados.
Elas foram diminuídas na república em comparação a quando o Brasil era um território (Estado do Brasil) unido ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves ou um estado independente – o Império do Brasil.
Quando o Brasil era “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”, em diversos momentos houveram moedas cunhadas localmente, sem a possibilidade de o governo brasileiro intervir ou controlar a economia com inflação, já que se utilizava o padrão-ouro. Isso se manteve quando a independência aconteceu, com o Império do Brasil. Quase nunca a renda de um estado era transferida a outro, até porque as moedas eram completamente diferentes. Veja abaixo:
Porém, apesar desse equilíbrio descentralista da monarquia, o embrião da centralização ditatorial revolucionária de poder estava contido dentro do movimento republicano e dentro das maçonarias.
Depois de um longo período de prosperidade, de relativo livre-mercado e soberania dos estados no que se convencionou pejorativamente chamar pelos maçons de “Brasil Colônia” (mas que não era colônia, e sim um Reino Unido com Portugal), o período pós independência e pós proclamação da República teve vários conflitos, mortes, assassinatos e brigas por poder, como já citamos no começo desse artigo.
As mais importantes foram: Cabanada, Cabanagem, Guerra dos Farrapos, Sabinada, Balaiada, Guerra do Prata, Guerra de Canudos e a Guerra do Paraguai, que deixaram milhares de mortos.
O coporativismo na república brasileira
Por causa do corporativismo ascendente, e das péssimas condições fornecidas por industriais corporativistas, a maioria deles amigos de políticos maçons republicanos, os trabalhadores dessas corporações, provocaram diversas insurreições populares violentas.
O conchavo desses industrialistas com os políticos assim como nos dias atuais, formavam monopólios que esmagavam os comércios locais.
Essas insurreições, muitas das vezes eram apoiadas pelos próprios donos das corporações. Até porque obviamente sempre que há um motim popular defendendo uma pauta política, há oportunistas por de trás dos panos querendo lucrar com alguma coisa.
A regra no Brasil República é clara: quanto mais o povo trabalhador pede mais direitos aos políticos e ao estado, melhor é para o corporativista que tem conchavos com esses mesmos políticos e com esse mesmo estado. É um sistema que se retroalimenta com o caos.
O comunismo florecendo devido ao republicanismo
Nesse exponencial aumento da industrialização, do êxodo rural, da urbanização, das agitações do começo do século XX, majoritariamente por causa da Primeira Guerra mundial e da Revolução russa de 1917, surgiram os grupos de operários citados anteriormente.
Influenciados por anarco-comunistas, que foram importados da Russia e Itália, esses movimentos ganharam grande força pelo seu carácter revolucionário, republicano, populista, socialista e comunista.
Por causa da influencia de indivíduos agitadores de público e tantos outros militantes socialistas, como Luís Carlos Prestes, aconteceram algumas insurreições, que deram origens a movimentos e partidos marxistas no Brasil.
A criação do partido comunista
Fruto desses ideais importados para o Brasil, em 35 de março de 1922 cria-se o primeiro Partido Comunista Brasileiro que fundado por nove delegados já infiltrados no regime republicano, conseguiram expandir a sua influência por cerca de 73 diferentes regiões do Brasil.
Nesse período, essas insurreições feitas por esses militantes de partidos comunistas, já davam sinais da desgraça que foi o golpe republicano.
A república brasileira foi uma sucessão de desastres, mortes, perseguições a religiosos e marcada por movimentos revolucionários radicais, que culminaram na criação de partidos comunistas.
Conclusões:
Isso é tudo o que você precisa saber sobre a República do Brasil: ela basicamente foi um desastre que levou a uma radicalização política esdrúxula e a uma esquerdização do país, uma centralização de poder, um completo totalitarismo, e uma crescente perseguição a religiosos dissidentes e que foi responsável pela criação de partidos e movimentos comunistas.
Deplorável. Não há nada que comemorar nesse dia 15 de Novembro.