Quem controla a narrativa midiática e educacional nos dias de hoje, nos sugere diariamente que o controle da natalidade da população, é algo necessário e urgente.
Mas a quem interessa que esse controle seja feito?
A desculpa utilizada para justificar isso, é que os recursos naturais do planeta terra são finitos, estão sendo consumidos pelos seres humanos e que por causa do nosso estilo de vida capitalista (do mundo ocidental), o planeta está tendo alterações climáticas negativas.
Essas teorias são jogadas como verdade diariamente nas nossas caras, sem nenhum embasamento científico, mas mesmo assim, são aceitas pacificamente pela população.
A superpopulação existe? Ela é um problema real?
O mito da “superpopulação” não surgiu do nada nem tampouco é uma ideia moderna apoiada em dados científicos.
É um mito criado pelo economista inglês Robert Thomas Malthus, que nasceu em 1766 na Inglaterra.
Malthus comparou a taxa de consumo de recursos, à taxa de natalidade, adotando para suas projeções, dados de períodos de 25 anos.
Malthus aplicou este cálculo na Inglaterra: ele pegou dados de extração dos recursos naturais e da taxa de natalidade, sem contar uma gama de fatores que proporcionaram as condições nas quais ele estava analisando.
Segundo o cálculo de Malthus, nos primeiros 25 anos, a proporcionalidade entre a população e abastecimento de recursos, resultariam iguais, porque ambos dobrariam de quantidade. No seguinte período, seguindo os cálculos, a população chegaria aos 28 milhões, mas com um abastecimento adequado apenas para somente 21 milhões de pessoas. Ao término do quarto período (que Malthus destaca como 1898), a população chegaria a 112 milhões, porém o abastecimento alcançaria somente a 35 milhões, ficando 77 milhões de seres humanos, totalmente privados de mantimentos e recursos.
E que aconteceu? Bom… Qualquer um sabe que o país de Malthus — a Inglaterra — não um, e sim quase dois séculos depois, conta com 58 milhões de habitantes e supera com facilidade em 32 pontos o nível mínimo de necessidades calóricas per capita. Ou seja, sobram (e muitos) recursos naturais para os seres humanos que habitam ali.
A lei de Malthus e seu cálculo, simplesmente carecem de respaldo nos fatos, desconsiderando várias variáveis; constituem um engano intelectual, típico da ciência do século XIX: atribuir lógica matemática a algo orgânico, espontâneo e imprevisível como o a ação humana nas sociedades, dentro das economias capitalistas, que funcionam por meio de vontades subjetivas imprevisíveis, de cada agente econômico individual.
Isso quer dizer que se basear de forma linear e permanente em dados recolhidos em um ano para fazer um cálculo que visa prever o futuro, não vai dar certo, porque as condições e variáveis de um ano, não são as mesmas do próximo, porque estamos tratando de pessoas. As vontades das pessoas mudam, as condições ambientais, variáveis econômicas e suas consequências também.
Realmente é necessário o controle de natalidade?
Toda essa teoria sobre a superpopulação, não passaria de mais uma teoria ignorada se não fosse porque muitos poderosos, fazem com que o cálculo maltusiano siga sendo abordado nas faculdades.
Hoje ele é usado por políticos como justificativa para a criação de políticas coercitivas que trabalham contra a taxa de natalidade, destinando milhões em recursos arrecadados em impostos, para a publicidade.
50 anos atrás, Paul R. Ehrlich publicou o livro “The Population Bomb”, em que o professor de biologia da Universidade de Stanford, afirmou que o crescimento populacional resultaria no esgotamento de recursos e na fome de centenas de milhões de pessoas.
Os autores de Population Bombed, Pierre Desrochers, que é professor associado de geografia na Universidade de Toronto, e Joanna Szurmak, que é doutoranda no programa de pós-graduação em Estudos de Ciência e Tecnologia da York University, Toronto, fazem um balanço do passado. bolsa de estudos sobre “esgotamento” e fornecer uma réplica alegre para os pessimistas.
Desrochers e Szurmak começam descrevendo o caso da acusação. Os “pessimistas” afirmam que, em um planeta finito, a população e o consumo não podem continuar a se expandir para sempre; que, para manter um alto padrão de vida, o número de pessoas terá que descer; que a exploração e a extração de recursos estão sujeitas à lei dos retornos decrescentes e, portanto, se tornarão mais caras ao longo do tempo; que descobertas, invenções e inovações não eliminam a necessidade de mais recursos; e, finalmente, que os sucessos humanos na superação de restrições de recursos no passado não são relevantes para lidar com os desafios ambientais atuais.
Por outro lado, os “otimistas” afirmam que o crescimento populacional torna a humanidade mais rica por meio da divisão do trabalho e das economias de escala; que a engenhosidade humana aumenta os modos eficientes de produção e “proporciona retornos crescentes … [através de] formas cada vez menos prejudiciais de fazer as coisas”; que, ao contrário de outros animais, os humanos usam o comércio e a inovação para contornar restrições de recursos; e, finalmente, que não há razão para que nossos sucessos passados não possam ser repetidos no futuro.
Para citar o historiador britânico Thomas Babington Macaulay, “Em que princípio é que, com nada além de melhorias, não podemos esperar nada além de deterioração diante de nós?”
Depletionism tem um longo pedigree que remonta ao Atra-Hasis, um épico do século 18 aC em que os deuses da Babilônia consideraram o mundo muito lotado e desencadeou uma fome para corrigir o “problema”. Confúcio, Platão, Tertuliano, São Jerônimo e Giovanni Botero revisitaram a questão nos séculos seguintes.
A moderna preocupação com a superpopulação é geralmente atribuída ao clérigo britânico Thomas Malthus, que argumentou que a população humana cresce exponencialmente, enquanto a produção de alimentos cresce linearmente. Assim, a população acabará por superar a oferta de alimentos, resultando em fome em massa.
O esgotamento alcançou seu apogeu nas décadas finais do século 20, quando Garrett Hardin apontou para a “tragédia dos comuns” (ou seja, o uso excessivo de recursos que não são de propriedade privada), o Clube de Roma previu preços estratosféricos de recursos e Paul Ehrlich alertou para a fome em massa. Foi Ehrlich quem, imprudentemente, aceitou uma aposta com Julian Simon, da Universidade de Maryland, sobre a futura disponibilidade de recursos — e perdeu.
De acordo com a aposta, Ehrlich escolheria uma “cesta” de matérias-primas que ele esperava que se tornasse menos abundante nos próximos anos e escolhesse um período de mais de um ano, durante o qual essas matérias-primas se tornariam mais caras. Ao final desse período, o preço ajustado pela inflação desses materiais seria calculado. Se o preço “real” da cesta fosse maior no final do período do que no começo, isso indicaria que os materiais se tornaram mais preciosos e Ehrlich ganharia a aposta; se o preço fosse menor, Simon venceria. As apostas seriam a diferença de preço final da cesta no início e no final do período de tempo.
Ehrlich escolheu cobre, cromo, níquel, estanho e tungstênio. A aposta foi acordada em 29 de setembro de 1980, com 29 de setembro de 1990, sendo a data de pagamento. Apesar de um aumento populacional de 873 milhões ao longo desses 10 anos, Ehrlich perdeu a aposta. Todas as cinco commodities que ele selecionou declinaram de preço em uma média de 57,6 por cento. Ehrlich enviou um cheque a Simon por $ 576,07. Hoje, as matérias-primas, incluindo as terras raras, são abundantes e o conceito de esgotamento, como originalmente entendido, deixou de ser o cri de coeur dos pessimistas.
Em vez disso, os pessimistas mudaram seu rumo (um pouco). Ao invés de enfatizar o esgotamento de matérias-primas, como Ehrlich costumava fazer, eles agora alertam sobre o consumo excessivo humano e a perda relacionada à integridade da biosfera (a destruição dos ecossistemas e da biodiversidade), mudanças climáticas, acidificação dos oceanos, mudanças no sistema terrestre (de florestas a terras agrícolas). uso insustentável de água doce, perturbação dos fluxos biogeoquímicos (insumos de nitrogênio e fósforo para a biosfera), alteração de aerossóis atmosféricos (concentração de particulados na atmosfera) e depleção de ozônio.
Desrochers e Szurmak se engajam em muitas dessas preocupações relativamente novas, observando, por exemplo, os problemas metodológicos inerentes aos modelos de consumo exagerado, incluindo a “estrutura de limites planetários” que descrevi no parágrafo anterior.
Sabiamente, os autores não se atolam na ciência do aquecimento global. A discussão completa do aquecimento global exigiria, é claro, um livro próprio. Como é, o Population Bombed tem 250 páginas e inclui 900 notas de rodapé e uma extensa bibliografia de 33 páginas. Em vez disso, eles exigem honestidade. Eles observam que o uso de combustíveis fósseis está no centro das demandas atuais por controle populacional e apontam que os pessimistas estão simplesmente tomando os benefícios do uso de combustíveis fósseis, incluindo os ambientais, como certo. Desrochers e Szurmak não descartam todas as preocupações sobre o CO2 na atmosfera, mas ressaltam que se livrar dos combustíveis fósseis nas circunstâncias atuais teria conseqüências econômicas, sociais e ambientais terríveis — especialmente para os pobres do mundo.
Para dar apenas alguns exemplos, a produção teria que se tornar mais cara para as empresas, o preço do aquecimento e da refrigeração se tornaria mais caro para as famílias, e a terra, atualmente ocupada por animais, teria que ser coberta por turbinas eólicas.
Dito isso, tenha em mente que nossa espécie já enfrentou muitos problemas ambientais antes e provavelmente também resolveremos os futuros. A dessalinização, por exemplo, pode ajudar na escassez de água, enquanto as culturas geneticamente modificadas podem eliminar a necessidade de uso excessivo de fertilizantes e pesticidas. Esses avanços, e a perspectiva de muitos mais, fazem do livro de Desrochers e Szurmak uma lembrança dos instintos e capacidade de resolver problemas da humanidade.
No fim das contas, essa é só uma narrativa feita para empurrar a agenda ESG contra a população, uma agenda eugenista e genocida.